domingo, 23 de setembro de 2007

Vi meu corpo finalmente como um lugar passageiro O cimento frio atraía - me cada vez mais Na rua ninguém notava meu corpo cada vez mais leve No ar os anjos assistiam, com atenção, a minha última tentativa de vida Em mim, e por mim rapidos fluxos de energia passavam Vezes claros, outras escuro como o carvão que um dia fora matéria clara, como eu matéria viva.
 
Atrás dos óculos a curiosidade de alguns se revelava Atrás dos passos, no entanto, a poeira se levantava Em volta muitos olhares curiosos esperavam minha reação, meu retorno. Ao longe novamente os anjos sorrindo, mãos estendidas para mim Sem luta, deixei meu corpo descansar e minha alma se dirigir aos anjos.

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Depois de ouvir "Construção" de Chico num estado de espírito meio sombrio... 

 
Imagem: Pixabay

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